domingo, 15 de julho de 2018

Três razões para a interrupção dos dons de “sinais”


Três razões para a interrupção dos dons de “sinais”

1) Os dons de “sinais” foram dados por Deus para render um testemunho a Israel de que Deus estava prestes a trazer o reino como prometido pelos profetas do Antigo Testamento. Hebreus 2:4 diz: “Testificando também Deus com eles [os Judeus], por sinais, e milagres, e várias maravilhas e dons do Espírito Santo”. Também 1 Coríntios 14:21-22 diz: “Por gente doutras línguas, e por outros lábios, falarei a este povo (Israel); e ainda assim Me não ouvirão, diz o Senhor. De sorte que as línguas são um sinal, não para os fiéis [crentes – JND], mas para os infiéis [incrédulos – JND]. Veja também Atos 2:22. Curas, línguas e milagres foram uma demonstração das “virtudes do século futuro” – o Milênio (Hb 6:5). Se os Judeus tivessem recebido o Messias (Cristo) conforme apresentado no evangelho, Ele teria estabelecido o reino com todas essas bênçãos exteriores.
O tempo da “visitação” de Jeová à nação havia chegado com a vinda do Senhor Jesus (Lc 1:78, 19:44), mas mesmo com todos aqueles sinais e maravilhas que rodeavam Seu ministério (Lc 7:22), a nação não iria reconhecê-la. Os Judeus rejeitaram todos esses testemunhos de Deus – tanto no ministério do Senhor Jesus como registrado nos quatro evangelhos como no ministério dos apóstolos nos primeiros capítulos de Atos. Por isso, eles foram, como nação, colocados de lado por um tempo nos caminhos de Deus. Enquanto isso, Ele “visitou os gentios, para tomar deles um povo para o Seu nome”, que comporia a Igreja (At 15:14). Veja também Romanos 11:11. Como Deus não está mais oferecendo o reino para Israel, esses sinais não são mais necessários para esse propósito.
2) Visto que Israel foi colocado de lado nos caminhos dispensacionais de Deus, e Ele está alcançando os gentios com o evangelho, os dons de sinais também foram usados para dar testemunho ao mundo de que Deus havia estabelecido algo novo na Terra – o Testemunho Cristão. Eles eram um complemento à Palavra de Deus pregada, usada para autenticar o ministério dos apóstolos como sendo enviado por Deus. Romanos 15:18-19 diz: “porque não ousarei falar de coisa alguma senão daquelas que Cristo fez por meio de mim, para obediência dos gentios, por palavra e por obra, no poder de milagres e prodígios, no poder do Espírito Santo”. Marcos 16:16-20 – ATB confirma que essas coisas seguiriam os servos do Senhor quando alcançassem as nações.
Agora que o testemunho Cristão foi estabelecido na Terra e o fundamento da Igreja foi colocado (Ef 2:20), essas coisas não são mais usadas. Um exame superficial da história da Igreja testemunha esse fato. Não há registro de dons miraculosos sendo usados após o primeiro século – exceto por algum raro apóstata ou impostor (2 Tm 3:8). As Escrituras não prometem que os dons miraculosos de “sinais” continuariam, mas diz que os dons para edificação continuarão até que a Igreja atinja a perfeição, que é quando o Senhor vier (Ef 4:11-13).
3) Outra razão para a interrupção dos dons de “sinais” é a ruína do testemunho da Igreja. No início, a Igreja era uma companhia separada, desposada com o Senhor como uma virgem casta que esperava a vinda do seu Senhor. Estava então, em um bom estado. O deleite do Senhor era regalar-lhe muitos sinais de Seu poder e glória naqueles primeiros dias (At 4:33; 1 Co 1:7). No entanto, com o passar do tempo, a Igreja começou a se desviar e a desavença, o pecado e o fracasso apareceram. Isso na verdade começou já no primeiro século. Naturalmente isso entristeceu o Senhor e houve alguma reserva de Sua parte em conceder à Igreja os sinais de Seu poder, como uma vez o fez. A Igreja hoje se afastou para bem longe das intenções originais de Deus com muita ruína, fracasso e infidelidade. De fato, há tanta indiferença aos apelos de Cristo na ordem feita pelo homem na Igreja hoje em dia, que uma pessoa não saberia que é a mesma Igreja que lemos na Palavra de Deus (Mt 13:31-32). Portanto, não podemos esperar ver hoje os dons miraculosos dos dias do Pentecostes. Se o fizesse, o Senhor estaria desculpando o fraco estado da Igreja. Na melhor das hipóteses, a Igreja hoje só pode se orgulhar de ter “pouca força” (Ap 3:8).
V. 13 – “Fé” e “esperança” são bons companheiros de viagem enquanto estamos aqui no deserto, mas nos separaremos delas à porta do céu. Somente o “amor” pode alcançar a distância da eternidade. Ele é superior a todos os dons.

Nenhum comentário:

Postar um comentário