domingo, 15 de julho de 2018

10) FALHA EM RELAÇÃO ÀS COLETAS (Cap. 16:1-4)


10) FALHA EM RELAÇÃO ÀS COLETAS
(Cap. 16:1-4)

Vs. 1-4 – O apóstolo trata de mais uma coisa que precisava ser colocada em ordem em Corinto – “a coleta”. O que estava prestes a lhes dizer em relação à coleta não era algo específico apenas para eles. Ele havia dito o mesmo “as igrejas da Galácia”.
As coletas dos santos devem ser usadas para as necessidades do povo do Senhor. Pode ser para Seus servos dos quais recebemos ajuda espiritual (Gl 6:6), ou para necessidades especiais dos pobres do rebanho (2 Co 8-9). Nesta ocasião Paulo não estava falando de uma coleta para aqueles que ministravam a Palavra, mas para “os pobres dentre os santos que estão em Jerusalém” (Rm 15:25-26). Vemos a sabedoria do apóstolo Paulo aqui ao ter esperado que esta situação surgisse antes de dirigir-se aos santos sobre este assunto. Se fosse para os cooperadores, teria parecido afinal que Paulo realmente queria uma oferta dos Coríntios. Mas essa não era sua intenção (2 Cor 12:17). Assim, prudentemente esperou por esse momento, quando houvesse necessidade para outros. Então falaria sobre a coleta e a distribuição dela.
Os santos em Jerusalém eram pobres por várias razões. Sua fé no Senhor Jesus os havia levado a uma severa “perseguição” (At 8:1), e muitos deles tiveram suas posses terrenas confiscadas (Hb 10:34). Alguns deles foram mortos e, portanto, deixaram para trás viúvas e órfãos que precisavam de apoio. Havia também uma “grande fome” nessa área, e isso pressionava os santos além da medida (At 11:28-30). O que piorou as coisas foi que os santos em Jerusalém, em seu zelo pelo Senhor, haviam vendido seus bens e suas terras e casas (At 2:44-45, 4:34-35). Quando o problema surgiu, ampliou o problema deles, pois não tinham para onde ir para comer e se abrigar.
Nosso Todo-sábio Deus teve Suas boas razões ao permitir surgir necessidade em Jerusalém e na Judéia. Tornou-se uma ocasião para os Cristãos Gentios terem comunhão com os crentes Judeus, unindo-os de uma maneira muito prática. Os santos Judeus podem ter tido ideia de não precisarem dos crentes Gentios, ou que os Gentios estavam em uma classe abaixo deles, mas esta oferta dos crentes Gentios para os pobres santos Judeus em Jerusalém ajudou a dissipar isso. Isso fez com que os crentes Judeus elevassem seus corações em agradecimento e apreciação genuína por seus irmãos Gentios (2 Co 9:11-13). Se houvesse alguma reserva em relação aos Gentios convertidos antes desta provação, essa expressão de amor e companheirismo a dissipou.
Paulo lhes disse que deveriam ter cuidado em ter uma coleta regular “no primeiro dia da semana”. Este era o dia em que os santos se reuniam universalmente para partir o pão (At 20:7). Hebreus 13:15-16 conecta esse tipo de oferta com “sacrifício de louvor a Deus” (KJV). Ambos são uma função sacerdotal. De fato, ambos são considerados um “sacrifício” a Deus. Todas essas ofertas monetárias são dadas ao Senhor como parte de nossa adoração. Uma vez que esta passagem em 1 Coríntios 16 corresponde com Atos 20:7, quando os santos estivessem reunidos para partir o pão, é justo supor que ambas as ofertas a Deus seriam dadas ao mesmo tempo na festa da lembrança.
Paulo disse que “cada um de vós” em comunhão deveria ofertar. Alguns erroneamente pensaram que o marido, que é o cabeça da casa (e aquele que geralmente traz o dinheiro para a casa), deveria dar em nome de sua casa. Portanto, não haveria necessidade de a esposa também contribuir.
Isto é o que foi feito no Judaísmo (Nm 7:2), e era certo e apropriado para os Judeus em uma religião natural. No entanto, o Cristianismo é um contraste direto com o Judaísmo, e não nos aproximamos de Deus naquele terreno hoje em dia (Jo 4:21-24). Praticar tal coisa no Cristianismo é confundir relacionamentos naturais com os novos relacionamentos espirituais para os quais fomos trazidos. No Cristianismo, não adoramos a Deus como membros de uma família, mas como membros do corpo de Cristo (1 Co 10:17). A esposa é um membro do corpo de Cristo tanto quanto seu marido e deve participar desse aspecto da adoração. Essa ideia equivocada pode ter sido emprestada inadvertidamente do denominacionalismo Cristão. Tais organizações se aproximam de Deus no que eles chamam de “Adoração em Família”, mas é mal entendimento da verdadeira adoração Cristã. Uma vez que ambos, irmãos e irmãs, são sacerdotes, nenhum deles deve ser impedido nesta função sacerdotal (Hb 13:15-16). Ser casado não deve impedir uma irmã desse privilégio. Ela ainda continua sacerdotisa depois de casada.
As dádivas deveriam ser guardadas até que alguém que estivesse viajando para Jerusalém pudesse levar-lhes a oferta. Note que tudo que tem a ver com o manuseio do dinheiro do Senhor deve ser feito acima de qualquer suspeita. Uma vez que conheciam melhor o caráter dos que estavam naquela assembleia, Paulo disse que deveriam escolher “quem quer que” (JND) achassem melhor para levar as dádivas (v. 3; 2 Co 8:19). Desta forma, estariam “zelando do que é honesto, não só diante do Senhor, mas também diante dos homens” (2 Co 8:21).

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