quarta-feira, 11 de julho de 2018

Casamentos problemáticos – (Cap. 7:10-24)


Casamentos problemáticos – (Cap. 7:10-24)

Nos versículos 10-24, Paulo faz seus comentários sobre os casamentos problemáticos. Ele considera dois cenários. O primeiro é um casamento Cristão onde ambos, marido e mulher, são salvos (vs. 10-11). Se a esposa tiver de deixar o marido por algum motivo (talvez por crueldade dele), ela deve permanecer separada e não se casar novamente. Da mesma forma, o marido não deve se divorciar de sua esposa se ela o deixar. A razão é que pode haver uma oportunidade mais tarde para se “reconciliarem”. Se um ou ambos seguirem em frente e se casarem novamente, isso se tornaria impossível. Este foi um “mandamento” apostólico do Senhor.
No segundo cenário, Paulo não estava dando um mandamento apostólico do Senhor, mas seu conselho apostólico. Tem a ver com um casamento de incrédulos, onde um dos cônjuges se salva. Assim, resulta num casamento misto – um parceiro é salvo e o outro não (vs. 12-24). Ele não está se referindo a um Cristão que desobedeceu às Escrituras e se casou com um incrédulo. É, antes, uma situação que prevalecia em lugares onde o evangelho era novo – onde a graça de Deus penetra em um lar onde ambos, marido e mulher, estão perdidos, e um é salvo. Há misericórdia nesses casos, como o apóstolo continua explicando.
Ele mostra que o parceiro incrédulo está em um lugar de favor exterior no Cristianismo. “o marido descrente é santificado pela mulher (crente)(v. 14). Nos tempos do Antigo Testamento, se um Judeu se casava com um pagão, ele (ou ela) se profanava a si mesmo (Ed 9:1-5; Ne 13:23-28). No Cristianismo, é o contrário; se a graça de Deus trabalhou em um lar e uma pessoa foi salva, o parceiro incrédulo é santificado por sua conexão com seu parceiro crente. Mesmo ele sendo santificado, ainda é um incrédulo! Isso pode parecer estranho, mas é apenas uma santificação “externa” ou “relativa”.
Em tais casamentos mistos, se houver um abandono voluntário por parte do incrédulo, o crente está livre para se casar novamente. Nota: o apóstolo não dá liberdade para o parceiro crente partir e se casar novamente (vs. 15-16). Assim, a Escritura permite o novo casamento sob três condições:
  • Morte (Rm 7:2; 1 Co 7:39).
  • Abandono (1 Co 7:15).
  • Infidelidade (Mt 19:9).

Uma vez que a tendência do coração humano é querer mudar, nos versículos 17-24 o apóstolo passa a falar do chamado de Deus indo às pessoas nas várias fases da vida. O princípio geral é permanecer no estado em que a pessoa foi chamada. No entanto, se uma pessoa puder se libertar da escravidão servil, deveria “usar” (não abusar) essa liberdade para servir ao Senhor (v. 21).

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