2) Ressurreição Atestada por Testemunhas Oculares
(Cap. 15:5-28)
Vs. 5-28 – O apóstolo passa a enumerar
fiéis testemunhas oculares que viram o Senhor depois que Ele ressuscitou dentre
os mortos, confirmando assim a ressurreição. Todas essas aparições aconteceram
nos “quarenta dias” após a
ressurreição do Senhor (At 1:3). Elas foram chamadas Cristofanias. Observe que
ele não menciona as aparições do Senhor às mulheres (Mt 28:9-10; Jo 20:11-18).
Não é que elas não pudessem ser confiáveis, mas que não é lugar das irmãs serem
testemunhas públicas na confirmação da ressurreição do Senhor.
Seis testemunhas
1)
V. 5a – “Cefas”. Isso foi em relação
à restauração privada de Pedro ao Senhor.
2)
V. 5b – “Os doze”. Este é um termo
administrativo e não o número real de apóstolos. O Senhor realmente apareceu a
apenas dez dos apóstolos nessa ocasião (Lc 24:36-48; Jo 20:19-23). Judas havia
se enforcado e Tomé não estava presente nessa ocasião. E Matias não havia sido
escolhido até após serem concluídas
todas as aparições da ressurreição do Senhor. Os dez outros representaram o
ofício administrativo de apostolado daquela época, o que significa “os doze”.
3)
V. 6 – “quinhentos irmãos”. Estes
aparentemente eram crentes Galileus.
4)
V. 7a – “Tiago”.
5)
V. 7b – “Todos os apóstolos”.
6)
V. 8 – “me apareceu também a mim (Paulo)”.
Os efeitos práticos da doutrina da ressurreição
(cap. 15:8-11)
Vs.
8-10 – Caso alguém pense que a verdade da ressurreição é meramente um credo
formal do Cristianismo que não tem nenhum significado prático na vida Cristã,
Paulo abre um parêntese para mostrar que tal noção é falsa. A doutrina da
ressurreição de Cristo tem grande poder prático em transformar vidas. Isso
mudou a vida de Paulo dramaticamente.
1) V.
8 – Converteu–o. Seu chamado era tal
que ele era “um nascido fora de tempo”
(ARA) “como a um abortivo” (At
9:1-9). Esta é uma referência dele nascer prematuramente antes de um
remanescente da nação de Israel crer n’Ele em um dia futuro. Ele “antecipadamente creu em ‘o Cristo’”[1]
(Ef 1:12 – JND).
2) V.
9 – Produziu humildade nele. Sua
avaliação de si mesmo era de “que não
sou digno de ser chamado apóstolo”.
3) V.
10a – Isso deu a ele um profundo senso de
apreciação pela graça de Deus. Ele disse: “Mas pela graça de Deus sou o que sou”.
4) V.
10b – Produziu um desejo ardente de
servir ao Senhor com toda a sua energia. Ele disse: “antes trabalhei muito mais do que todos eles”.
1) V.
11 – Deu poder à mensagem do
evangelho que ele pregou, para que as almas sejam levadas a crer. A conversão
dos Coríntios foi um exemplo. Ele diz: “...
e assim haveis crido”.
As consequências solenes de negar a ressurreição
(Cap. 15:12-19)
Vs.
12-19 – Paulo então se volta para declarar as consequências solenes de negar a
ressurreição. As ramificações são devastadoras (Observe os sete “se” nesses
versículos). Se não há ressurreição:
1)
As Escrituras não são verdadeiras (v. 12).
2)
O próprio Cristo não ressuscitou e, portanto, não temos um Salvador (v. 13).
3)
A pregação dos apóstolos e a fé dos Coríntios foram em vão – eles acreditaram
em uma fábula (v. 14).
4)
Os apóstolos eram testemunhas falsas em quem não se podia confiar (vs. 15-16).
5)
Os Coríntios ainda estavam em =seus pecados perante Deus e, portanto, rumo à
uma eternidade perdida (v. 17).
6)
Os santos que dormem pereceram (v. 18).
7)
Os Cristãos seriam muito infelizes, não tendo esperança neste mundo (v. 19).
Os resultados de longo alcance da ressurreição (parêntese
cap. 15:20-28)
Vs.
20-28 – Ele então abre um parêntese (JND) onde traça os resultados de longo
alcance da ressurreição. Ele mostra que Deus não apenas vencerá a morte por
meio da ressurreição, mas também vencerá a
causa da morte, que é o pecado.
Não só Cristo ressuscitou dentre os mortos,
mas também todos os homens
ressuscitarão dentre os mortos – tanto os salvos como os perdidos. Ele usa dois
termos para indicar isso; ele fala da ressurreição “dentre os mortos” (v. 20 – ATB) e “a ressurreição dos mortos” (v. 21).
A ressurreição “dentre os mortos” também é chamada de “primeira ressurreição” e envolve somente pessoas justas (Ap 20:5).
Há pelo menos dez relatos nas Escrituras de pessoas sendo ressuscitadas dentre
os mortos, mas nenhuma delas pertenceu
à primeira ressurreição (1 Rs 17:21-22; 2 Rs 4:34-36, 13:20-21; Mt 9:24-25;
27:52-53; Lc 7:11-15; Jo 11:38-44; At 9:36-41, 14:19-20, 20:9-12). Aqueles que
se levantarem “dentre os mortos” na “primeira ressurreição” ressuscitarão
em seus corpos glorificados (Fp 3:21). Cada um desses dez relatos mencionados, onde
pessoas ressuscitaram dentre os mortos, tornaram a morrer e ainda aguardam a
primeira ressurreição.
A “primeira
ressurreição” tem três fases. Cristo foi ressuscitado primeiro como “as primícias” (v. 23; At 26:23). A
segunda fase ocorrerá em Sua vinda (o Arrebatamento) quando Ele ressuscitará os
justos que morreram no longo intervalo de tempo – “os que são de Cristo, na Sua vinda” (v. 23; 1 Ts 4:15-18). A
terceira fase envolverá aqueles que morrerão a morte de um mártir durante o
período da Tribulação. Eles serão ressuscitados ao final da Grande Tribulação
(Ap 6:9-11; 14:13).
“A
ressurreição dos mortos” é um termo que fala da
ressurreição de uma maneira geral, que inclui os perdidos. Ele diz: “assim também todos serão vivificados em
[por] Cristo” (v. 22). Os perdidos
serão ressuscitados ao final dos tempos (depois do Milênio) e então serão
julgados (Ap 20:11-15).
Quando o “fim” do tempo é alcançado, que é depois que o Milênio tiver
terminado, o Senhor entregará o reino a Deus em um estado de perfeição. Nem
Adão, Moisés, Salomão, Israel nem a Igreja mantiveram o testemunho que lhes foi
confiado. Todo vaso de testemunho ao longo do tempo foi quebrado. Haverá apenas
Um Administrador fiel do que foi colocado em Sua mão – Cristo. Tendo de Deus recebido
o reino (Lc 19:12), manterá perfeitamente a glória de Deus nele por 1.000 anos
(Is 32:1). Então, depois que o tempo tiver terminado, Ele o entregará de volta
a Deus, não apenas na condição em que foi recebido, mas com uma glória
aprimorada! Quando Ele o receber, nem todos os inimigos serão abatidos. Ele vai
colocá-los todos sob Seus pés e reinar por 1.000 anos. “Todo o império, e toda a potestade e força” no céu e na Terra serão
tratados em justiça por Cristo. A “Morte”
em si será o último inimigo a ser removido (v. 26). O Senhor não devolverá o
reino até que o tenha levado a um estado de perfeição. Este será o fruto da
reconciliação no seu sentido mais pleno (Cl 1:20). No final, tudo na criação
estará livre dos efeitos do pecado. Poderíamos imaginar que Ele entregaria a
Deus um estado desordenado de coisas?
O reino será entregue
ao Pai para que o Filho seja livre para dedicar-Se plenamente à Sua noiva (Ap
21:2). Ser um Homem para sempre significará que Ele “Se sujeitará àqu’Ele” (Deus) para
sempre (v. 28).
[1] “O Cristo” é uma expressão nos escritos de Paulo que se refere à união mística de
Cristo, a Cabeça, e os membros do Seu corpo, pela habitação do Espírito Santo
(1 Co 12:12-13 – JND).
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