V. 13 – Ao referir-se a este assunto de
liberdade em relação aos nossos corpos, Paulo se concentra nos dois maiores
apetites do corpo – comida e sexo. Essas coisas não são erradas em seus devidos
lugares, mas se elas forem satisfeitas fora e além das limitações dadas por
Deus, isso é pecado. Ele mostra que há o perigo de uma pessoa usar essas coisas
certas de maneira errada e, consequentemente, ficar sob o poder delas.
Ele fala primeiro de comida. É possível
ficar sob o poder de “carnes”
(comida) para satisfação própria e tornar-se um glutão. Então ele continua
falando de fornicação (sexo ilícito), dando quatro
razões pelas quais o Cristão não pode estar envolvido em tal coisa.
Quatro razões pelas quais não entregamos nossos
corpos para a gratificação da carne
1)
Nossos corpos são destinados à honra e glória quando reinarmos com Cristo em
Seu reino. “Deus, que também ressuscitou
o Senhor, nos ressuscitará a nós pelo Seu poder” para esse propósito (v.14).
Tendo um propósito tão elevado e santo para nossos corpos, não podemos estar
corretos fazendo-os “membros de uma
meretriz” (v. 15). Por estarmos “unidos
ao Senhor” por “um só Espírito”,
somos membros de Seu corpo; nós simplesmente não podemos usá-los para um
propósito tão profano.
É
completamente oposto àquilo a que temos sido trazidos como membros de Seu corpo
(vs. 16-17).
2)
A pessoa que se envolve em imoralidade peca “contra o seu próprio corpo” (v. 18). Ele abre uma “ferida” que nunca cura adequadamente
(Pv 6:27-28, 33), e traz o julgamento governamental de Deus sobre si mesmo (2
Sm 12:10-12).
3)
Nossos corpos são “o templo do Espírito
Santo” e não podemos ligar o Espírito – que é um Hóspede divino habitando
em nós – com o pecado (v. 19). O Espírito será entristecido e não terá
liberdade para trabalhar em nossas vidas para bênção (Ef 4:30).
4)
Fomos “comprados por bom preço”, e
nossos corpos já não nos pertencem (v. 20). Eles pertencem ao Senhor para usar
como Ele quiser. Portanto, não temos liberdade para fazer o que queremos com
nossos corpos; eles foram comprados para outro propósito – glorificar a Deus. A
grande motivação que leva o Cristão a reconhecer isso e entregar seu corpo ao
uso da glorificação de Cristo é o “preço”
que Ele pagou – Seus sofrimentos expiatórios. Como poderia um Cristão sincero
continuar com algo que custou ao Senhor as agonias do Calvário? Como poderíamos
ter prazer em algo que custou-Lhe sofrimento? Foi o amor que O levou a Se entregar
por nós (Gl 1:4, 2:20; Ef 5:25; 1 Tm 2:6; Tt 2:14). A nossa resposta genuína,
portanto, deve ser a disposição para entregarmos a nós mesmos (nossos corpos) a
Ele, para a promoção de Sua glória e, assim, viver uma vida santa para Ele. Ao
longo desta passagem, Paulo mostrou que o corpo do Cristão não deve ser usado
para GRATIFICAÇÃO, mas para a GLORIFICAÇÃO de Deus.
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