A Ciência (Conhecimento) Deve ser Dirigida pelo Amor
(Cap. 8:7-13)
Vs. 7-10 – Como todos estamos em
diferentes estágios de crescimento, nem todos os Cristãos têm esse conhecimento
sobre os ídolos. Alguns não eram capazes de superar os preconceitos
profundamente enraizados de suas antigas relações com os ídolos. Eles eram “fracos” no sentido de serem
deficientes no conhecimento Cristão. Alguns convertidos do paganismo não
estavam inteiramente convencidos de que os ídolos não eram entidades e de que
as carnes a eles oferecidas não eram diferentes de outras carnes. Cuidado deve
ser tomado para não fazer tropeçar (escandalizar) essas pessoas (v. 9). Para
alguns, comer carnes oferecidas a ídolos poderia levar a uma má consciência, e
abandonar uma boa consciência poderia levar uma pessoa a fazer algo que a
destruiria (“perecer”), no sentido
de naufragar sua vida Cristã e testemunho (v. 10). Ele, é claro, não pereceria
no sentido de perder sua salvação, pois o Senhor disse que Suas ovelhas “nunca hão de perecer” (Jo 10:28).
Nos versículos 11-12, a seriedade de
ofender um irmão fraco em Cristo é enfatizada. Se o Senhor amou tanto essa
pessoa que estava disposto a morrer por ela, não deveríamos ter cuidado para
não impedir seu progresso espiritual fazendo algo que a escandalize? Seria um “pecado contra Cristo”.
No versículo 13 ele conclui suas
observações estabelecendo um princípio simples que regularia nossa liberdade em
relação ao nosso irmão Cristão. Antes de
usarmos nossa liberdade em uma determinada área não proibida pelas Escrituras,
deveríamos considerar que efeito isso terá em nosso irmão. Se aquilo que
nos permitimos puder fazer um irmão tropeçar, então devemos renunciar essa
permissão. O amor faria isso. Em todos esses assuntos, o Cristão não deve usar
apenas conhecimento, mas também amor.
Este princípio que Paulo trouxe diante
dos Coríntios é essencial para a saúde e o bem-estar de uma assembleia local.
Ele tem uma ampla aplicação para todas as coisas que têm a ver com a vida na
assembleia que são de importância secundária – ou seja, coisas que não atacam
para minar a Pessoa e a obra de Cristo. Se esse princípio fosse aplicado em
nossos relacionamentos uns com os outros, haveria muito menos ofensas proferidas
e recebidas.
O conhecimento tende a enxergar as
coisas em preto e branco, sem considerar quaisquer outros fatores de
qualificação. Uma pessoa que age apenas nessa linha vê as coisas como certas ou
erradas. Frequentemente saem por aí corrigindo os outros na assembleia sobre
pequenas questões que acham erradas, pensando que estão fazendo um serviço a
Deus. Invariavelmente, deixam um rastro de ofensa atrás de si. Eles se sentem justificados
em suas ações e se consideram como sendo fiéis. Infelizmente, lidar com as
coisas somente na linha do conhecimento é geralmente destrutivo para uma vida
feliz na assembleia. Isso não serve para a paz (Rm 14:19). O amor divino, por
outro lado, considera nosso irmão “pelo
qual Cristo morreu” e tem o cuidado de não o ofender nesses assuntos
secundários. Isso não comprometerá princípios, mas também considera o estado e
o estágio de crescimento daqueles que podem ser afetados. O amor espera por
suas oportunidades e trata das coisas com o amor de Cristo.
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