Dois Aspectos do Partimento do Pão
A Ceia é mencionada nos capítulos 10-11
de duas maneiras. Algumas diferenças são: capítulo 10:15-17 é o ato coletivo de partir o pão – diz: “o cálice de bênção que abençoamos” e “o pão que partimos”, enquanto o
capítulo 11:23-26 é o ato individual de partir o pão. Diz: “Fazei isto...”.
No capítulo 10:15-17 “o pão”, visto em seu estado inteiro
(não partido), representa o corpo místico
de Cristo, enquanto o “pão” no
capítulo 11:3-26 representa o corpo físico
do Senhor no qual Ele sofreu e morreu. O capítulo 10:15-17 coloca primeiro “o cálice da bênção”, depois o “pão”, porque está falando do nosso direito
de estar à mesa como crentes redimidos – o que é o resultado de Seu sangue ter
sido derramado. No capítulo 11:23-26 a ordem é invertida, colocando primeiro o
partimento do pão, seguido pelo beber do cálice, que é a ordem em que deve ser comida (Lc 22:19-20). Isto é porque nós
comemos a Ceia em lembrança d’Ele em Sua morte, e Ele sofreu primeiro em Seu corpo,
e então, depois de morrer Ele derramou Seu sangue.
No capítulo 10:16-17, o partimento do
pão está em conexão com a “Mesa do
Senhor”, na qual anunciamos a comunhão
do corpo de Cristo (v. 21). No capítulo 11:26, ao partir o pão (“a Ceia do Senhor”), anunciamos a morte de Cristo.
O capítulo 10:15-22 tem a ver com a
nossa responsabilidade de nos mantermos separados de todas as outras mesas
(comunhões) – sejam mesas Cristãs cismáticas, mesas Judaístas ou mesas
idólatras, enquanto o capítulo 11:23-32 tem a ver com nossa responsabilidade em
mantermos pureza em nossas vidas pessoais.
Muitos pensaram que já que os Cristãos
bebem do “cálice” (que representa o
sangue de Cristo) eles são aqueles com quem a Nova Aliança é feita. É verdade
que o cálice está conectado com “o
sangue do Novo Testamento [Pacto]” (Mt 26:28), mas a Nova Aliança é a
que o Senhor estabelecerá com Israel quando forem restaurados em um dia
vindouro (Jr 31:31-34). A Antiga Aliança foi feita com Israel e foi selada com
o sangue de touros e bodes. A Nova Aliança também será feita com Israel, mas é
feita com o sangue de Cristo.
É um mal entendido comum pensar que a
Nova Aliança é feita com a Igreja. A Igreja participa das bênçãos espirituais
da Nova Aliança sem estar formalmente na Nova Aliança, porque repousa na fé
sobre o mesmo fundamento da obra consumada de Cristo – da qual fala o sangue.
De fato, sempre que a feitura da Nova Aliança é mencionada nas Escrituras, ela
sempre especifica que é com “a casa de Israel” e “a casa de Judá” (Hb 8:8).
Além disso, o fato de se tratar de um “novo” acordo ou aliança implica que
houve algum acordo em vigor antes. É chamado de “novo” porque foi trazido para substituir o antigo. Assim, o Novo
Pacto é feito com aqueles (Israel) que tiveram o antigo. Gentios que estão
sendo salvos dentre as nações durante o tempo presente (At 15:14) nunca tiveram
nenhum acordo anterior ou aliança com Deus. Não é com eles que um “novo” pacto
seria feito. Da mesma forma, você não diria a uma pessoa com quem nunca teve
relações anteriores, “vamos fazer um novo
acordo”. Você não o chamaria de “novo” nesse caso.
O versículo 26 nos diz que esta festa da
lembrança é algo que deve ser realizado “até
que venha”. Não podemos deixar de pensar que, se o Senhor nos pediu para fazer algo, Ele proverá uma maneira de
fazê-lo – mesmo neste último dia da história da Igreja.
Seis Coisas que o Senhor nos pediu fazer
“até” que Ele venha
1)
Segui-Lo no caminho da fé (Jo 21:22).
2)
Reter firme a verdade que Deus nos deu (Ap 2:25).
3)
Ocupar-nos (negociar) no campo de serviço (Lc 19:13).
4)
Não julgar os motivos dos outros (1 Co 4: 5).
5)
Ser paciente (Tg 5:7).
6)
Lembrar-se d’Ele em Sua morte (1 Co 11:26).
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