quinta-feira, 12 de julho de 2018

Dois Aspectos do Partimento do Pão


Dois Aspectos do Partimento do Pão

A Ceia é mencionada nos capítulos 10-11 de duas maneiras. Algumas diferenças são: capítulo 10:15-17 é o ato coletivo de partir o pão – diz: “o cálice de bênção que abençoamos” e “o pão que partimos”, enquanto o capítulo 11:23-26 é o ato individual de partir o pão. Diz: “Fazei isto...”.
No capítulo 10:15-17 “o pão”, visto em seu estado inteiro (não partido), representa o corpo místico de Cristo, enquanto o “pão” no capítulo 11:3-26 representa o corpo físico do Senhor no qual Ele sofreu e morreu. O capítulo 10:15-17 coloca primeiro “o cálice da bênção”, depois o “pão”, porque está falando do nosso direito de estar à mesa como crentes redimidos – o que é o resultado de Seu sangue ter sido derramado. No capítulo 11:23-26 a ordem é invertida, colocando primeiro o partimento do pão, seguido pelo beber do cálice, que é a ordem em que deve ser comida (Lc 22:19-20). Isto é porque nós comemos a Ceia em lembrança d’Ele em Sua morte, e Ele sofreu primeiro em Seu corpo, e então, depois de morrer Ele derramou Seu sangue.
No capítulo 10:16-17, o partimento do pão está em conexão com a “Mesa do Senhor”, na qual anunciamos a comunhão do corpo de Cristo (v. 21). No capítulo 11:26, ao partir o pão (“a Ceia do Senhor”), anunciamos a morte de Cristo.
O capítulo 10:15-22 tem a ver com a nossa responsabilidade de nos mantermos separados de todas as outras mesas (comunhões) – sejam mesas Cristãs cismáticas, mesas Judaístas ou mesas idólatras, enquanto o capítulo 11:23-32 tem a ver com nossa responsabilidade em mantermos pureza em nossas vidas pessoais.
Muitos pensaram que já que os Cristãos bebem do “cálice” (que representa o sangue de Cristo) eles são aqueles com quem a Nova Aliança é feita. É verdade que o cálice está conectado com “o sangue do Novo Testamento [Pacto] (Mt 26:28), mas a Nova Aliança é a que o Senhor estabelecerá com Israel quando forem restaurados em um dia vindouro (Jr 31:31-34). A Antiga Aliança foi feita com Israel e foi selada com o sangue de touros e bodes. A Nova Aliança também será feita com Israel, mas é feita com o sangue de Cristo.
É um mal entendido comum pensar que a Nova Aliança é feita com a Igreja. A Igreja participa das bênçãos espirituais da Nova Aliança sem estar formalmente na Nova Aliança, porque repousa na fé sobre o mesmo fundamento da obra consumada de Cristo – da qual fala o sangue. De fato, sempre que a feitura da Nova Aliança é mencionada nas Escrituras, ela sempre especifica que é com “a casa de Israel” e “a casa de Judá” (Hb 8:8). Além disso, o fato de se tratar de um “novo” acordo ou aliança implica que houve algum acordo em vigor antes. É chamado de “novo” porque foi trazido para substituir o antigo. Assim, o Novo Pacto é feito com aqueles (Israel) que tiveram o antigo. Gentios que estão sendo salvos dentre as nações durante o tempo presente (At 15:14) nunca tiveram nenhum acordo anterior ou aliança com Deus. Não é com eles que um “novo” pacto seria feito. Da mesma forma, você não diria a uma pessoa com quem nunca teve relações anteriores, “vamos fazer um novo acordo”. Você não o chamaria de “novo” nesse caso.
O versículo 26 nos diz que esta festa da lembrança é algo que deve ser realizado “até que venha”. Não podemos deixar de pensar que, se o Senhor nos pediu para fazer algo, Ele proverá uma maneira de fazê-lo – mesmo neste último dia da história da Igreja.
Seis Coisas que o Senhor nos pediu fazer “até” que Ele venha

1) Segui-Lo no caminho da fé (Jo 21:22).
2) Reter firme a verdade que Deus nos deu (Ap 2:25).
3) Ocupar-nos (negociar) no campo de serviço (Lc 19:13).
4) Não julgar os motivos dos outros (1 Co 4: 5).
5) Ser paciente (Tg 5:7).
6) Lembrar-se d’Ele em Sua morte (1 Co 11:26).

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