domingo, 15 de julho de 2018

O MOMENTO da Ressurreição (Cap. 15:51-58)


O MOMENTO da Ressurreição
(Cap. 15:51-58)

Vs. 51-58 – Ele prossegue para nos dizer sobre o “mistério” da ressurreição e glorificação dos santos. Ele diz: “Nem todos dormiremos”, o que significa que nem todos os santos morrerão e, portanto, não precisarão de ressurreição. Mas nos assegura que todos seremos transformados” para esse estado glorificado.
Ele identifica duas classes de santos que estão atualmente em dois estados diferentes: aqueles que morreram e aqueles que estão vivos na Terra. Um é o “corruptível” e o outro é o “mortal”. O “corruptível” refere-se aos corpos dos santos que morreram. Seus corpos estão se decompondo na sepultura, mas “num momento, num abrir e fechar de olhos”, o “corruptível” se revestirá de “incorruptibilidade”. O “mortal” refere-se aos corpos dos santos que ainda estão vivos. Naquele mesmo momento, o “mortal” se revestirá de “imortalidade”. Isso mostra que somente aqueles cujos corpos estão em estado de corrupção (os mortos em Cristo) experimentam a ressurreição. Os santos vivos não precisam de ressurreição, mas precisam ser “transformados” para seu estado glorificado.
Ao contrário do que muitos pensam essa passagem não fala do arrebatamento. É verdade que a glorificação dos santos e o arrebatamento acontecem ao mesmo tempo – “Num momento, num abrir e fechar de olhos” – mas o chamado dos santos para o céu não é mencionado aqui. A palavra “arrebatamento” significa arrancar ou raptar. Isto é o que acontecerá aos santos na vinda do Senhor. Esta passagem, no entanto, não chega a falar dos santos sendo levados para o céu, mas se concentra apenas na mudança de seus corpos. Trata estritamente de sua mudança ao seu estado glorificado. A menção da “última trombeta” sincroniza esta passagem com 1 Tessalonicenses 4:15-17, que fala do arrebatamento dos santos para o céu, por isso sabemos que isso acontece neste momento. É o “último” evento na Terra em relação aos tratamentos atuais de Deus com os homens no dia da graça.
Os versículos 55-56 nos dizem que na própria cena em que a morte reinou (neste mundo) haverá uma vitória triunfante, e a exclamação será feita: “Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó Hades (JND), a tua vitória?” É uma dupla “vitória”. A “morte” que reivindicou o corpo, e o “Hades” (JND) que segurou os espíritos desencarnados dos santos, sucumbirão à vitória de Cristo.

Três Fases da Vitória sobre a Morte

A remoção completa e final da morte na criação ocorre em três fases:
Primeiramente, para o crente, a morte é “anulada” agora pela ressurreição de Cristo (2 Tm 1:10 – JND). Isto é, o terrível fator da morte foi retirado. Visto que Cristo desceu ao “pó da morte” e a anulou (Sl 22:15), resta apenas sua “sombra” para os filhos de Deus passarem (Sl 23:4). Antes da morte e ressurreição de Cristo, Satanás exerceu “o poder da morte” sobre as consciências dos homens, fazendo-os temer o que está além dela. Ele usou “o rei dos terrores”, que é o medo da morte, para sua vantagem, mantendo os homens em cativeiro e medo (Jó 18:14). Mas Cristo entrou na morte e roubou do diabo seu poder para aterrorizar o crente com a morte. No outro lado da morte, o Senhor agora está com as “chaves da morte e do Hades” (ATB) em Suas mãos, e Ele está dizendo: “mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos, e tenho as chaves da morte e do Hades” (Ap 1:18 – ATB). Ele conquistou a morte tendo soltado suas “ânsias” (At 2:24). As ânsias são medos em conexão com o que está além da morte. Desde que Cristo soltou as ânsias da morte, o crente iluminado que a enfrenta não precisa temer.
Em segundo lugar, na vinda do Senhor, Ele efetuará uma grande “vitória” sobre a morte e o Hades. Os corpos dos santos vivos serão “transformados” para um estado glorificado, onde não serão mais afetados pela morte (Fp 3:21). Os santos que terão morrido serão ressuscitados e glorificados, e “transformados” para um estado glorificado. Assim, também não estarão mais sujeitos à morte.
Em terceiro lugar, após o milênio, o Senhor destruirá a morte completamente, lançando “a morte e o Hades” (JND) no “lago de fogo” (Ap 20:14; 1 Co 15:26).
Portanto, houve uma anulação da morte agora, mas haverá uma grande vitória sobre a morte na vinda do Senhor (no que diz respeito aos santos); e depois do Milênio, haverá a completa destruição da morte.
Esses fatos concernentes à vitória de Cristo sobre a morte levaram o apóstolo a falar de dois efeitos práticos que devem resultar em todo Cristão de mente correta. A primeira é dar graças (v. 57) e a segunda é a energia em servir ao Senhor (v. 58).
Que tremendo poder a ressurreição tem em nossas vidas praticamente, e que maravilhosa esperança ela dá. Cristo está vivo por meio da ressurreição e Ele nos ressuscitará para viver com Ele (1 Ts 5:10). Que maior incentivo, que maior motivo poderíamos ter para viver e servi–Lo?

Nenhum comentário:

Postar um comentário