quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Uma Publicação VERDADES VIVAS

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segunda-feira, 16 de julho de 2018

Saudações Finais (Cap. 16:19-24)


Saudações Finais
(Cap. 16:19-24)

Vs. 19-24 – Várias saudações de várias assembleias e indivíduos são dadas pelo apóstolo quando ele encerra a epístola. Paulo queria que os Coríntios soubessem que, embora houvesse -coisas sérias em sua assembleia que precisassem ser corrigidas, as outras assembleias ainda estavam em comunhão com eles e os saudavam. Isso foi para confirmar aos Coríntios que as assembleias de outras partes não os haviam abandonado. Se eles se recusassem a corrigir aquelas coisas, ações teriam de ser tomadas por meio das quais eles seriam repudiados como uma assembleia, mas até então ainda estavam em comunhão. Este é um princípio importante. A presença do pecado em uma assembleia não faz com que ela deixe automaticamente de ser uma assembleia reunida ao nome do Senhor (Mt 18:20). É só depois de muita paciência e admoestação a tal assembleia, que prova estar abrigando mal em seu meio em obstinação, que uma ação deve ser feita para limpar o nome do Senhor. Outra assembleia que está moralmente mais próxima do problema– no sentido de ter tido alguma interação anterior com eles em relação ao problema em questão – deve agir em nome das assembleias em geral para rejeitar a assembleia em falta. Eles podem não ser a assembleia geograficamente mais próxima, mas estão moralmente mais próximos do problema.
Paulo encerra com uma advertência solene a qualquer um deles que pudesse não ser salvo. Ele diz: “Se alguém não ama ao Senhor Jesus Cristo, seja anátema; Maranata” (v. 22). “Anátema Maranata” significa ser maldito quando o Senhor vier. Ele mencionou em vários lugares da epístola que havia uma forte probabilidade de que houvesse alguns dentre eles que eram meros professantes. Todo verdadeiro crente “amará” o Senhor Jesus Cristo. Eles provam seu amor a Ele guardando Seus mandamentos (Jo 14:15; 1 Co 14:37). Aqueles que não andam em obediência provam que são falsos, e Paulo adverte que sem dúvida julgamento estava esperando por eles.
A “graça” do Senhor Jesus Cristo e o “amor” do apóstolo são recomendados aos Coríntios como o motivo final para forçá-los a agir lidando com as várias coisas que precisavam ser tratadas em relação às desordens em sua assembleia (vs. 23-24).

Serviço Sob o Senhorio de Cristo (Cap. 16:10-18)

Serviço Sob o Senhorio de Cristo
(Cap. 16:10-18)

Vs. 10-18 – Em toda esta passagem de encerramento, vemos uma bela imagem dos vários servos do Senhor trabalhando em Sua vinha. Alguns viajavam de um lugar para outro ministrando ao povo do Senhor – como “Paulo”, “Timóteo” e “Apolo”. Outros serviam localmente, como “Estéfanas”, “Fortunato” e “Acaico”. Eles são todos encontrados trabalhando sob o senhorio de Cristo e sendo dirigidos por Ele em seu trabalho. Não há nenhuma menção deles se reportando a um conselho missionário que os enviaria para seu local de trabalho designado, como geralmente é feito hoje. Tal é uma ideia feita pelo homem que interfere com as responsabilidades imediatas dos servos sob o senhorio de Cristo.
Este capítulo mostra que quando Cristo dá dons (Ef 4:11) os homens são diretamente responsáveis para com Ele em seu ministério. A Cabeça da Igreja está no céu, e dirigirá os membros de Seu corpo em sua esfera do ministério, se olharem para Ele. Descobrimos que nos primeiros dias do Cristianismo a obra do Senhor não foi realizada sob uma organização de homens – nem mesmo dos apóstolos. Isso foi, e ainda é apenas obra do Espírito de Deus. O que o Espírito então fez, podemos contar com Ele para fazer agora. As escrituras dizem: “Rogai pois ao Senhor da seara que mande ceifeiros para a Sua seara.” (Mt 9:38). E novamente: “E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai–Me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado. Então, jejuando e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram. E assim estes, enviados pelo Espírito Santo, desceram a Selêucia” (At 13:2-4).
Essas referências indicam que os servos do Senhor devem estar livres para agir sob Sua direção imediata. As Escrituras não dizem nada sobre servos do Senhor sendo controlados por uma organização terrena de homens, mas pelo Senhor por meio do Espírito Santo. O Senhor, pelo Espírito, enviou Paulo e Barnabé para o campo, e não há menção deles reportando-se a um conselho para direção e apoio nesse serviço. Nem há qualquer menção dos servos do Senhor naquela época frequentando um seminário antes de ministrarem. A posse de um dom para ministrar a Palavra era a autorização deles para usarem esse dom (1 Pe 4:10-11). Deveria ser o mesmo hoje.
A Igreja deveria reconhecer um dom como sendo enviado pelo Senhor e deveria dar à pessoa “as destras em comunhão” nessa obra que faz, como foi o caso em Antioquia a respeito de Barnabé e Saulo (At 13:3; Gl 2:9). Pode ser um dom prático ou apoio financeiro. Mas a Igreja ou qualquer organização paraeclesiástica envolvida no trabalho de enviar servos está realmente interferindo na responsabilidade imediata do servo de agir sob a direção do Senhor. Eles tendem a se tornar servos dessa organização para cumprir seus objetivos e respondem a ela em seu ministério.
Não vemos nada disso nesta passagem ou em qualquer passagem nas Escrituras. Anteriormente na epístola, Paulo disse que encorajaria Timóteo a ir a Corinto e lembrar-lhes de seus caminhos em Cristo, e os exortou quanto à sua responsabilidade de colocar as coisas em ordem (1 Co 4:17). Este era um belo desejo de Paulo, mas era o máximo que podia dizer. Nenhum apóstolo tinha autoridade sobre outro servo para mandá-lo para um trabalho se não se sentisse conduzido a fazê-lo. Eles poderiam recomendar e encorajar alguém nessa direção, mas, em última instância, a pessoa tem de se sentir guiada pelo Senhor. Ele diz aqui: “E, se for Timóteo...” (v. 10). Isso mostra que, embora o apóstolo desejasse que Timóteo fosse a Corinto, entendia que ele tinha de ser dirigido pelo Senhor nisso. Havia uma possibilidade de que Timóteo não se sentisse conduzido a ir.
Paulo exortou os Coríntios que “se” ele fosse, que o deixassem estar entre eles “sem temor”. Timóteo era um jovem trabalhador tímido e precisavam dar-lhe espaço para exercitar seu dom no ministério. Com a confusão acontecendo em suas reuniões (1 Co 14:26), alguém como Timóteo nunca seria capaz de trazer uma palavra. Então Paulo disse: “Portanto, ninguém o despreze” (v. 11). Timóteo não apenas fez “a obra do Senhor”, mas a fez da mesma maneira e espírito “como” o apóstolo Paulo. Esta foi uma alta recomendação.
Vemos aqui que “Apolo” não estava sob a direção apostólica (v. 12). Paulo disse que “desejou grandemente” (KJV) que Apolo fosse a Corinto, mas ele tinha outros lugares em seu coração. Apolo recorreu ao Senhor e sentiu-se direcionado a não ir naquele momento. O apóstolo, tendo expressado seu desejo, respeita suas convicções e deixa o servo do Senhor livre para agir diante de seu Mestre.
Poderíamos nos perguntar se Paulo não iria a Corinto por causa dos problemas e por que ele incentivava outros servos a irem? A razão, acreditamos, é que ele era um apóstolo e seria forçado a agir em juízo entre eles. Portando essa responsabilidade, desejava que os outros fossem e procurassem trazê-los ao arrependimento, de modo que quando ele fosse, ele não teria de agir em julgamento.
Os versículos 13-14 indicam que a assembleia em Corinto não dependia da vinda dos servos do Senhor para corrigirem as coisas; eles eram diretamente responsáveis perante o Senhor para colocar as coisas em ordem. Cinco pequenas exortações se seguem. Todas visavam incitar os Coríntios a agirem em relação à necessidade de corrigir as desordens em sua assembleia. Ele diz: “Vigiai, estai firmes na fé: portai-vos varonilmente, e fortalecei–vos. Todas as vossas coisas sejam feitas com caridade [amor].
Vemos no caso de “Estéfanas”, “Fortunato” e “Acaico”, que também estavam fazendo a obra do Senhor. Mas foi principalmente em um sentido local. “A família [casa] de Estéfanas” é colocada diante de nós como modelo de liderança na assembleia. Eles se destacaram por cuidar do rebanho. Eles tinham “se dedicado [devotado] ao ministério [serviço] dos santos” (v. 15). Esta é uma bela recomendação. Nós não lemos que Paulo tivesse nomeado anciãos naquela assembleia (talvez por causa da carnalidade deles), mas mesmo que não houvesse ninguém naquele lugar oficialmente, o trabalho de supervisão continuou.
Este é um exemplo para nós hoje, já que não temos nenhum apóstolo para indicar os anciãos em nossas assembleias. O Espírito de Deus ainda pode levantar aqueles que vão liderar e cuidar do rebanho, e, o trabalho de supervisão ainda pode continuar (At 20:28). Simplesmente é que não temos nenhum poder apostólico para designá-los oficialmente para esse lugar. Os Coríntios deviam se “sujeitar” aos tais (v. 16) e “reconhecê-los” naquela posição (v. 18). Compare também Hebreus 13:17 e 1 Tessalonicenses 5:11-12.
Descobrimos que, como era o caso com os outros servos do Senhor, “Estéfanas”, “Fortunato” e “Acaico” não estavam sob nenhuma direção apostólica. Eles tinham ido ao apóstolo por sua própria vontade, como guiados pelo Senhor, e supriram coisas que estavam “faltando” por parte da assembleia dos Coríntios (v. 17). Esta é uma referência à comunhão prática deles com o apóstolo que a assembleia, como um todo, não exercitava. Diante dessa falta, esses três irmãos proviam de seus próprios bolsos. 

A Visita Planejada de Paulo a Corinto foi Adiada (Cap. 16:5-9)


A Visita Planejada de Paulo a Corinto foi Adiada
(Cap. 16:5-9)

Vs. 5-9 – Paulo fala sobre seus planos de visitar as assembleias na “Macedônia” e de ir ter com eles em Corinto, mas por enquanto ficaria em “Éfeso” porque ali havia uma porta aberta no evangelho (vs. 8-9). Isso mostra que não é errado para o servo do Senhor ter um itinerário ao servi-Lo.
O versículo 6 indica que, embora o servo possa ter planos definidos em suas viagens, também deve ser flexível nesses planos. Ele disse que gostaria de ir a Corinto se o Senhor permitisse (vs. 5-6), mas, por enquanto, havia adiado a viagem (v. 7). Se tivesse ido a Corinto, teria que usar sua autoridade apostólica como uma vara de correção e julgar muitos deles que estavam em falha. Em vez disso, esperou e procurou arrependimento neles e a correção das desordens na assembleia. Ele apareceu dizendo diretamente essas coisas, porque isso poderia ter-lhes dado uma razão errada para corrigir as coisas. Portanto, sabiamente desistiu e esperou que o Espírito de Deus agisse neles, produzindo os frutos necessários do arrependimento. Mais tarde, quando corrigiram as desordens no meio deles, ele escreveu a segunda epístola e estava livre para lhes dizer por que não foi naquele momento. Era para “poupá-los” (2 Co 1:23). Ele teria que ter usado seu poder apostólico de maneira disciplinar (1 Co 4:21 – “uma vara”).

EXORTAÇÕES PRÁTICAS DE ENCERRAMENTO (Cap. 16:5-24)


EXORTAÇÕES PRÁTICAS DE ENCERRAMENTO
(Cap. 16:5-24)

Antes de encerrar a epístola, o apóstolo dá aos Coríntios algumas exortações práticas que esperava que os encorajassem a fazer a vontade de Deus e as coisas que exortou na epístola.

domingo, 15 de julho de 2018

10) FALHA EM RELAÇÃO ÀS COLETAS (Cap. 16:1-4)


10) FALHA EM RELAÇÃO ÀS COLETAS
(Cap. 16:1-4)

Vs. 1-4 – O apóstolo trata de mais uma coisa que precisava ser colocada em ordem em Corinto – “a coleta”. O que estava prestes a lhes dizer em relação à coleta não era algo específico apenas para eles. Ele havia dito o mesmo “as igrejas da Galácia”.
As coletas dos santos devem ser usadas para as necessidades do povo do Senhor. Pode ser para Seus servos dos quais recebemos ajuda espiritual (Gl 6:6), ou para necessidades especiais dos pobres do rebanho (2 Co 8-9). Nesta ocasião Paulo não estava falando de uma coleta para aqueles que ministravam a Palavra, mas para “os pobres dentre os santos que estão em Jerusalém” (Rm 15:25-26). Vemos a sabedoria do apóstolo Paulo aqui ao ter esperado que esta situação surgisse antes de dirigir-se aos santos sobre este assunto. Se fosse para os cooperadores, teria parecido afinal que Paulo realmente queria uma oferta dos Coríntios. Mas essa não era sua intenção (2 Cor 12:17). Assim, prudentemente esperou por esse momento, quando houvesse necessidade para outros. Então falaria sobre a coleta e a distribuição dela.
Os santos em Jerusalém eram pobres por várias razões. Sua fé no Senhor Jesus os havia levado a uma severa “perseguição” (At 8:1), e muitos deles tiveram suas posses terrenas confiscadas (Hb 10:34). Alguns deles foram mortos e, portanto, deixaram para trás viúvas e órfãos que precisavam de apoio. Havia também uma “grande fome” nessa área, e isso pressionava os santos além da medida (At 11:28-30). O que piorou as coisas foi que os santos em Jerusalém, em seu zelo pelo Senhor, haviam vendido seus bens e suas terras e casas (At 2:44-45, 4:34-35). Quando o problema surgiu, ampliou o problema deles, pois não tinham para onde ir para comer e se abrigar.
Nosso Todo-sábio Deus teve Suas boas razões ao permitir surgir necessidade em Jerusalém e na Judéia. Tornou-se uma ocasião para os Cristãos Gentios terem comunhão com os crentes Judeus, unindo-os de uma maneira muito prática. Os santos Judeus podem ter tido ideia de não precisarem dos crentes Gentios, ou que os Gentios estavam em uma classe abaixo deles, mas esta oferta dos crentes Gentios para os pobres santos Judeus em Jerusalém ajudou a dissipar isso. Isso fez com que os crentes Judeus elevassem seus corações em agradecimento e apreciação genuína por seus irmãos Gentios (2 Co 9:11-13). Se houvesse alguma reserva em relação aos Gentios convertidos antes desta provação, essa expressão de amor e companheirismo a dissipou.
Paulo lhes disse que deveriam ter cuidado em ter uma coleta regular “no primeiro dia da semana”. Este era o dia em que os santos se reuniam universalmente para partir o pão (At 20:7). Hebreus 13:15-16 conecta esse tipo de oferta com “sacrifício de louvor a Deus” (KJV). Ambos são uma função sacerdotal. De fato, ambos são considerados um “sacrifício” a Deus. Todas essas ofertas monetárias são dadas ao Senhor como parte de nossa adoração. Uma vez que esta passagem em 1 Coríntios 16 corresponde com Atos 20:7, quando os santos estivessem reunidos para partir o pão, é justo supor que ambas as ofertas a Deus seriam dadas ao mesmo tempo na festa da lembrança.
Paulo disse que “cada um de vós” em comunhão deveria ofertar. Alguns erroneamente pensaram que o marido, que é o cabeça da casa (e aquele que geralmente traz o dinheiro para a casa), deveria dar em nome de sua casa. Portanto, não haveria necessidade de a esposa também contribuir.
Isto é o que foi feito no Judaísmo (Nm 7:2), e era certo e apropriado para os Judeus em uma religião natural. No entanto, o Cristianismo é um contraste direto com o Judaísmo, e não nos aproximamos de Deus naquele terreno hoje em dia (Jo 4:21-24). Praticar tal coisa no Cristianismo é confundir relacionamentos naturais com os novos relacionamentos espirituais para os quais fomos trazidos. No Cristianismo, não adoramos a Deus como membros de uma família, mas como membros do corpo de Cristo (1 Co 10:17). A esposa é um membro do corpo de Cristo tanto quanto seu marido e deve participar desse aspecto da adoração. Essa ideia equivocada pode ter sido emprestada inadvertidamente do denominacionalismo Cristão. Tais organizações se aproximam de Deus no que eles chamam de “Adoração em Família”, mas é mal entendimento da verdadeira adoração Cristã. Uma vez que ambos, irmãos e irmãs, são sacerdotes, nenhum deles deve ser impedido nesta função sacerdotal (Hb 13:15-16). Ser casado não deve impedir uma irmã desse privilégio. Ela ainda continua sacerdotisa depois de casada.
As dádivas deveriam ser guardadas até que alguém que estivesse viajando para Jerusalém pudesse levar-lhes a oferta. Note que tudo que tem a ver com o manuseio do dinheiro do Senhor deve ser feito acima de qualquer suspeita. Uma vez que conheciam melhor o caráter dos que estavam naquela assembleia, Paulo disse que deveriam escolher “quem quer que” (JND) achassem melhor para levar as dádivas (v. 3; 2 Co 8:19). Desta forma, estariam “zelando do que é honesto, não só diante do Senhor, mas também diante dos homens” (2 Co 8:21).

O MOMENTO da Ressurreição (Cap. 15:51-58)


O MOMENTO da Ressurreição
(Cap. 15:51-58)

Vs. 51-58 – Ele prossegue para nos dizer sobre o “mistério” da ressurreição e glorificação dos santos. Ele diz: “Nem todos dormiremos”, o que significa que nem todos os santos morrerão e, portanto, não precisarão de ressurreição. Mas nos assegura que todos seremos transformados” para esse estado glorificado.
Ele identifica duas classes de santos que estão atualmente em dois estados diferentes: aqueles que morreram e aqueles que estão vivos na Terra. Um é o “corruptível” e o outro é o “mortal”. O “corruptível” refere-se aos corpos dos santos que morreram. Seus corpos estão se decompondo na sepultura, mas “num momento, num abrir e fechar de olhos”, o “corruptível” se revestirá de “incorruptibilidade”. O “mortal” refere-se aos corpos dos santos que ainda estão vivos. Naquele mesmo momento, o “mortal” se revestirá de “imortalidade”. Isso mostra que somente aqueles cujos corpos estão em estado de corrupção (os mortos em Cristo) experimentam a ressurreição. Os santos vivos não precisam de ressurreição, mas precisam ser “transformados” para seu estado glorificado.
Ao contrário do que muitos pensam essa passagem não fala do arrebatamento. É verdade que a glorificação dos santos e o arrebatamento acontecem ao mesmo tempo – “Num momento, num abrir e fechar de olhos” – mas o chamado dos santos para o céu não é mencionado aqui. A palavra “arrebatamento” significa arrancar ou raptar. Isto é o que acontecerá aos santos na vinda do Senhor. Esta passagem, no entanto, não chega a falar dos santos sendo levados para o céu, mas se concentra apenas na mudança de seus corpos. Trata estritamente de sua mudança ao seu estado glorificado. A menção da “última trombeta” sincroniza esta passagem com 1 Tessalonicenses 4:15-17, que fala do arrebatamento dos santos para o céu, por isso sabemos que isso acontece neste momento. É o “último” evento na Terra em relação aos tratamentos atuais de Deus com os homens no dia da graça.
Os versículos 55-56 nos dizem que na própria cena em que a morte reinou (neste mundo) haverá uma vitória triunfante, e a exclamação será feita: “Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó Hades (JND), a tua vitória?” É uma dupla “vitória”. A “morte” que reivindicou o corpo, e o “Hades” (JND) que segurou os espíritos desencarnados dos santos, sucumbirão à vitória de Cristo.

Três Fases da Vitória sobre a Morte

A remoção completa e final da morte na criação ocorre em três fases:
Primeiramente, para o crente, a morte é “anulada” agora pela ressurreição de Cristo (2 Tm 1:10 – JND). Isto é, o terrível fator da morte foi retirado. Visto que Cristo desceu ao “pó da morte” e a anulou (Sl 22:15), resta apenas sua “sombra” para os filhos de Deus passarem (Sl 23:4). Antes da morte e ressurreição de Cristo, Satanás exerceu “o poder da morte” sobre as consciências dos homens, fazendo-os temer o que está além dela. Ele usou “o rei dos terrores”, que é o medo da morte, para sua vantagem, mantendo os homens em cativeiro e medo (Jó 18:14). Mas Cristo entrou na morte e roubou do diabo seu poder para aterrorizar o crente com a morte. No outro lado da morte, o Senhor agora está com as “chaves da morte e do Hades” (ATB) em Suas mãos, e Ele está dizendo: “mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos, e tenho as chaves da morte e do Hades” (Ap 1:18 – ATB). Ele conquistou a morte tendo soltado suas “ânsias” (At 2:24). As ânsias são medos em conexão com o que está além da morte. Desde que Cristo soltou as ânsias da morte, o crente iluminado que a enfrenta não precisa temer.
Em segundo lugar, na vinda do Senhor, Ele efetuará uma grande “vitória” sobre a morte e o Hades. Os corpos dos santos vivos serão “transformados” para um estado glorificado, onde não serão mais afetados pela morte (Fp 3:21). Os santos que terão morrido serão ressuscitados e glorificados, e “transformados” para um estado glorificado. Assim, também não estarão mais sujeitos à morte.
Em terceiro lugar, após o milênio, o Senhor destruirá a morte completamente, lançando “a morte e o Hades” (JND) no “lago de fogo” (Ap 20:14; 1 Co 15:26).
Portanto, houve uma anulação da morte agora, mas haverá uma grande vitória sobre a morte na vinda do Senhor (no que diz respeito aos santos); e depois do Milênio, haverá a completa destruição da morte.
Esses fatos concernentes à vitória de Cristo sobre a morte levaram o apóstolo a falar de dois efeitos práticos que devem resultar em todo Cristão de mente correta. A primeira é dar graças (v. 57) e a segunda é a energia em servir ao Senhor (v. 58).
Que tremendo poder a ressurreição tem em nossas vidas praticamente, e que maravilhosa esperança ela dá. Cristo está vivo por meio da ressurreição e Ele nos ressuscitará para viver com Ele (1 Ts 5:10). Que maior incentivo, que maior motivo poderíamos ter para viver e servi–Lo?