quinta-feira, 12 de julho de 2018

Desonrando a Ceia do Senhor


Desonrando a Ceia do Senhor
(Cap. 11:17-22)

Vs. 17-19 – Havia graves desordens na assembleia de Corinto, de modo que a Ceia do Senhor, que deveria ter sido para a benção deles, havia se tornado a ocasião para trazer os julgamentos governamentais de Deus sobre eles. Por isso, Paulo diz: “porquanto vos ajuntais, não para melhor, senão para pior”. Chegar à “Ceia do Senhor” em tal estado deplorável era apenas para o seu “pior” no sentido de que estavam sofrendo sob os tratamentos governamentais de Deus quanto a isso, como os versículos 27-32 indicam.
O partimento do pão é o modo pelo qual os membros do corpo de Cristo expressam sua unidade como estabelecido na sua participação no “um só pão” (1 Co 10:17). No entanto, o ajuntamento dos santos em Corinto para aquela festa apenas manifestou um estado de divisão entre eles. A própria festa que deveria manifestar sua unidade, manifestou seu espírito de divisão! Ele diz: “Há entre vós dissensões”. Isso foi para vergonha deles.
Além disso, uma vez que havia divisões, Paulo lhes diz “até importa que haja entre vós heresias”. Uma divisão (um cisma) é uma partição interna entre os santos, mas uma heresia (uma seita) é uma divisão externa entre os santos onde um grupo se separa e já não se encontra mais em comunhão com os outros. Paulo adverte que, se essas divisões (cismas) não fossem tratadas, mais cedo ou mais tarde se tornariam em heresia. Era, e ainda é a maneira de Satanás destruir a assembleia a partir de dentro. O apóstolo diz que se as coisas chegassem àquele ponto, “os que são sinceros [aprovados – ATB]seriam “manifestos”. Em outras palavras, Deus permite essas coisas para nos testar, e nosso estado será manifestado pelo lado em que tomarmos na heresia.
Vs. 20-22 – Os Coríntios aparentemente estavam se reunindo para uma festa social preliminar. Então, ao final dela, eles participariam da Ceia do Senhor como uma espécie de um complemento. Este foi um terrível mal entendido do propósito da Ceia do Senhor. Paulo não teria permitido que isso acontecesse quando esteve lá com eles por 18 meses (At 18:11), então suas reuniões devem ter se deteriorado consideravelmente em sua ausência. Como alguns eram pobres e outros ricos, isso gerou divisões naturais entre eles ao fazerem suas refeições. Alguns traziam uma elaborada mesa de comida para se satisfazerem, mas outros iam “famintos”. Isso era diametralmente oposto ao propósito do partir do pão à Mesa do Senhor. O ajuntamento deles tornou-se uma negação prática tanto da Ceia do Senhor quanto da verdade da assembleia de Deus. Para corrigir isso, Paulo lhes diz que não devem misturar uma festa social com a festa da lembrança. Eles poderiam ter suas festas sociais em casa.

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