Conselhos apostólicos para os solteiros (Cap.
7:25-40)
Nos
versículos 25-40, Paulo dá sua “opinião”
aos solteiros, sejam eles homens ou mulheres. (A palavra “virgem” é usada para ambos.) Seu conselho geral é que, se alguém
realmente tem o serviço do Senhor diante de si e recebeu um “dom” de Deus para viver livre da concupiscência
em seu estado de solteiro, deve permanecer solteiro. Ele dá três razões para permanecer solteiro.
Em primeiro
lugar, devido à condição hostil do mundo em relação à fé Cristã, havia a
possibilidade muito real de martírio. Houve “o presente sofrimento” (KJV) da perseguição Romana. Com
circunstâncias enfraquecedoras de se ter uma esposa e família, as
responsabilidades para com eles eram maiores. Há a preocupação com a segurança
deles, etc., e a possibilidade muito real de viuvez e crianças órfãs. Por isso,
Paulo julga que é bom que um Cristão permaneça solteiro (vs. 25-26).
Em segundo
lugar, há “tribulações na carne”
no casamento (vs. 27-28). Não é que o casamento não seja recompensador, mas
dificuldades vêm com ele. Problemas por causa da natureza humana caída (a
carne) são multiplicados no casamento. Já é difícil para uma pessoa, que tem a
natureza pecaminosa interior, manter a carne no lugar de morte, quanto mais
viver com outra pessoa que também tem a carne. Quando duas pessoas se tornam
uma, ainda existem duas vontades, e duas personalidades com gostos e desgostos
distintos, etc. Viver juntas requer graça. Permanecendo solteira, uma pessoa
pode ser “poupada” de tais
dificuldades.
Em terceiro
lugar, há as preocupações do casamento (vs. 29-35). O Cristão deve viver em
vista do fato de que “o tempo se
abrevia”, pois esperamos que o Senhor venha a qualquer momento. Este mundo
logo passará. Portanto, tudo deve ser priorizado para a devoção à vontade de
Deus. No entanto, no casamento, há responsabilidades em manter um
relacionamento feliz e a vida familiar. As alegrias e tristezas e as posses da
vida que acompanham o casamento, têm um jeito de pressionar nosso tempo. A
pessoa casada é forçada a usar as coisas temporais deste mundo (mas “não abusando” delas), ao passo que uma
pessoa só não precisa se envolver tanto nisso e, portanto, estará mais livre
dos compromissos terrenos para servir o Senhor. Ele dá um exemplo nos
versículos 32-34. A pessoa solteira tem mais tempo para se unir “ao Senhor sem distração alguma”.
Vs. 36-38 – No entanto, se alguém tem
dificuldade em controlar seus desejos sexuais, ele (ou ela) deveria dar a sua
virgindade em casamento, pois é melhor “casar
do que abrasar-se” com concupiscência (v. 9). Uma pessoa não deve se sentir
culpada ao fazê-lo – ela fez “bem”.
Mas a pessoa Cristã que tem “poder sobre
a sua própria vontade”, tendo um “dom”
para isso, faz ainda “melhor”
permanecendo solteira.
Vs. 39-40 – Quanto ao casar novamente, o
apóstolo dá uma palavra de conselho. Os divorciados ou viúvos têm a liberdade
de se casar com quem acharem melhor, mas devem se casar “no Senhor”. Isso é algo mais elevado em princípio do que casar “em Cristo”. “Em Cristo”, como observamos anteriormente na epístola, é a posição de todo Cristão diante de Deus
na aceitação de Cristo. Não leva em consideração o estado do crente. Portanto, casar-se “em Cristo” seria casar com outro Cristão, sem considerar seu
estado pessoal ou interesse pelas coisas do Senhor. No entanto, Paulo não lhes
diz para casar “em Cristo”, mas sim
para casar “no Senhor”. Esta é uma
coisa mais elevada na qual as pessoas no casamento reconhecem o Senhorio de
Cristo na prática em suas vidas. Assim, um casamento Cristão deve ser uma união
onde ambas se submetem ao Senhorio de Cristo.
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