quarta-feira, 11 de julho de 2018

Conselhos apostólicos para os solteiros (Cap. 7:25-40)


Conselhos apostólicos para os solteiros (Cap. 7:25-40)

Nos versículos 25-40, Paulo dá sua “opinião” aos solteiros, sejam eles homens ou mulheres. (A palavra “virgem” é usada para ambos.) Seu conselho geral é que, se alguém realmente tem o serviço do Senhor diante de si e recebeu um “dom” de Deus para viver livre da concupiscência em seu estado de solteiro, deve permanecer solteiro. Ele dá três razões para permanecer solteiro.
Em primeiro lugar, devido à condição hostil do mundo em relação à fé Cristã, havia a possibilidade muito real de martírio. Houve “o presente sofrimento” (KJV) da perseguição Romana. Com circunstâncias enfraquecedoras de se ter uma esposa e família, as responsabilidades para com eles eram maiores. Há a preocupação com a segurança deles, etc., e a possibilidade muito real de viuvez e crianças órfãs. Por isso, Paulo julga que é bom que um Cristão permaneça solteiro (vs. 25-26).
Em segundo lugar, há “tribulações na carne” no casamento (vs. 27-28). Não é que o casamento não seja recompensador, mas dificuldades vêm com ele. Problemas por causa da natureza humana caída (a carne) são multiplicados no casamento. Já é difícil para uma pessoa, que tem a natureza pecaminosa interior, manter a carne no lugar de morte, quanto mais viver com outra pessoa que também tem a carne. Quando duas pessoas se tornam uma, ainda existem duas vontades, e duas personalidades com gostos e desgostos distintos, etc. Viver juntas requer graça. Permanecendo solteira, uma pessoa pode ser “poupada” de tais dificuldades.
Em terceiro lugar, há as preocupações do casamento (vs. 29-35). O Cristão deve viver em vista do fato de que “o tempo se abrevia”, pois esperamos que o Senhor venha a qualquer momento. Este mundo logo passará. Portanto, tudo deve ser priorizado para a devoção à vontade de Deus. No entanto, no casamento, há responsabilidades em manter um relacionamento feliz e a vida familiar. As alegrias e tristezas e as posses da vida que acompanham o casamento, têm um jeito de pressionar nosso tempo. A pessoa casada é forçada a usar as coisas temporais deste mundo (mas “não abusando” delas), ao passo que uma pessoa só não precisa se envolver tanto nisso e, portanto, estará mais livre dos compromissos terrenos para servir o Senhor. Ele dá um exemplo nos versículos 32-34. A pessoa solteira tem mais tempo para se unir “ao Senhor sem distração alguma”.
Vs. 36-38 – No entanto, se alguém tem dificuldade em controlar seus desejos sexuais, ele (ou ela) deveria dar a sua virgindade em casamento, pois é melhor “casar do que abrasar-se” com concupiscência (v. 9). Uma pessoa não deve se sentir culpada ao fazê-lo – ela fez “bem”. Mas a pessoa Cristã que tem “poder sobre a sua própria vontade”, tendo um “dom” para isso, faz ainda “melhor” permanecendo solteira.
Vs. 39-40 – Quanto ao casar novamente, o apóstolo dá uma palavra de conselho. Os divorciados ou viúvos têm a liberdade de se casar com quem acharem melhor, mas devem se casar “no Senhor”. Isso é algo mais elevado em princípio do que casar “em Cristo”. “Em Cristo”, como observamos anteriormente na epístola, é a posição de todo Cristão diante de Deus na aceitação de Cristo. Não leva em consideração o estado do crente. Portanto, casar-se “em Cristo” seria casar com outro Cristão, sem considerar seu estado pessoal ou interesse pelas coisas do Senhor. No entanto, Paulo não lhes diz para casar “em Cristo”, mas sim para casar “no Senhor”. Esta é uma coisa mais elevada na qual as pessoas no casamento reconhecem o Senhorio de Cristo na prática em suas vidas. Assim, um casamento Cristão deve ser uma união onde ambas se submetem ao Senhorio de Cristo.

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