O Princípio de Abrir-se Mão de “Direitos” para a Bênção dos Outros
(Cap. 9:15-23)
Vs. 15-23 – Tendo estabelecido que ele
tinha tais “direitos”, Paulo
apressou-se em dizer: “Mas nós não
usamos deste direito” (vs. 12, 15). Ele tinha o “direito” a tais liberdades, mas optou por não os exercer porque
não queria fazer tropeçar qualquer pessoa a quem ele pregasse. Ele renunciou
aos direitos para que pudesse alcançar mais almas. Ao contrário, trabalhou com
Áquila e Priscila fazendo tendas (sua profissão comum) quando estava entre os
Coríntios (At 18:1-2, 20:34; 2 Ts 3:7-9). Isso ilustra belamente o fato de que
a vida e o serviço Cristão tem tudo a ver com fazer sacrifícios para outros;
seu objetivo não é agradar a si mesmo. O Senhor Jesus é nosso grande Exemplo.
Ele “não agradou a Si mesmo” (Rm
15:1-3).
Vs. 17-18 – Paulo se sentiu compelido a
pregar o evangelho e o fez “voluntariamente”
(JND). Ele se lançou ao ministério com abnegado abandono. Enquanto recusava
recompensa material, sabia que não estava sem recompensa por seu trabalho. Ele
podia se gloriar de que o evangelho era “de
graça” e tinha a alegria de colher – vendo as almas sendo salvas.
V. 19 – Em certo sentido, recusar-se a
exercer o seu “direito” deu-lhe
maior liberdade. Isso o tornava “livre
para com todos”, na medida em que não dependia de nenhum ser humano para
ajuda financeira, e assim seria menos provável que fosse influenciado por seus
desejos. Ao fazer isso, procurou se tornar um “servo de todos” para que pudesse “ganhar ainda mais” as pessoas pelo evangelho. Ele entregou seu
direito de liberdade Cristã para alcançá-los e se fez “como” eles eram no que dizia respeito aos seus costumes. Ele se
adaptaria àqueles a quem procurava alcançar com o evangelho se isso não
comprometesse a verdade. Foi uma restrição voluntária de sua liberdade e apenas
mostra o quão longe iria seu amor pelas almas para alcançá-las com o evangelho.
Vs. 20-21 – Quando estava tentando
alcançar os “Judeus”, ele
renunciaria seu direito à liberdade Cristã e se tornaria “como judeu”. Fez isso, diz ele, para que pudesse “ganhar os judeus... que estão debaixo da
lei”. Nota: ele não diz que formalmente assumiu a posição de ser um Judeu
novamente; ele diz que se tornou “como”
um Judeu. Isso seria em relação a costumes, hábitos, dieta, etc. Reciprocamente,
quando estava alcançando “os que estão
sem lei” (os Gentios), ele seria “como
se estivera sem lei”. No caso de alguém poder pensar que isso incluía
abandonar sua moral e viver como pagão, ele acrescenta em um parêntese: “Não como sem lei para com Deus, mas como
legitimamente sujeito a Cristo” (v. 21 – JND). Isso significa que seguiria
os costumes dos Gentios, tanto quanto pudesse, sem comprometer os princípios de
santidade e espiritualidade. Este foi o tipo de sabedoria que conquistou almas
(Pv 11:30); ela envolveu renúncia própria.
Vs. 22-23 – Paulo diz: “Fiz-me como fraco para os fracos, para
ganhar os fracos”. Isto é, para aqueles que eram simples no entendimento dos
assuntos divinos, ele teve o cuidado de descer as coisas ao seu nível ao
comunicar-se com eles, usando termos mais simples para expressar a verdade. Ele
se concentraria na verdade elementar com esses tais. Assim, adaptou-se às
várias situações em que encontrou pessoas, mas, ao mesmo tempo, tomou cuidado
para não comprometer princípios de santidade e verdade.
No capítulo 8, o amor não permitiria que
o apóstolo fizesse algo que ofendesse a consciência de seus irmãos mais fracos. No capítulo 9, seu
amor foi mais longe – além da comunidade Cristã – isso não lhe permitiu que
fizesse coisas que fossem ofensivas para os incrédulos
a quem ele testemunhou. Ao renunciar propositadamente aos seus direitos ou
liberdades Cristãs para ganhar aqueles a quem ministrava, ele era um exemplo
para os Coríntios do amor Cristão normal, sacrificando-se a si mesmo pela
bênção dos outros. Isso mostra que todos esses direitos na liberdade Cristã
devem ser subservientes aos interesses de Cristo e Seu testemunho no evangelho.
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