8) FALHA EM COMPREENDER A NATUREZA E O USO DOS DONS NA ASSEMBLEIA
(Caps. 12-14)
Tendo abordado as desordens relacionadas
com a Ceia do Senhor onde o sacerdócio do crente é exercitado, o apóstolo agora
aborda algumas desordens na esfera do dom. Como mencionado, o sacerdócio e o
dom são duas esferas diferentes na assembleia. Oração, louvor e adoração são para Deus e pertencem à esfera do
sacerdócio, mas o ministério da Palavra é para
homens e pertence à esfera do dom.
Nossos privilégios em ambas as
esferas não se limitam a quando os santos são reunidos “em assembleia”. Uma pessoa deve exercer seu dom onde e quando for
guiada pelo Espírito para fazê-lo, sem comprometer os princípios. Mas esse não
é o assunto aqui; nesses capítulos, o apóstolo está falando sobre a natureza e o
uso de dons na assembleia.
Existem algumas diferenças entre essas
duas esferas na assembleia. Por exemplo, todos os irmãos deveriam ser
exercitados sobre serem conduzidos publicamente pelo Espírito na esfera do
sacerdócio. No entanto, quando se trata da esfera do dom na assembleia, sob
condições normais, somente aqueles (irmãos) que têm um dom para ministrar a
Palavra deveriam atuar na esfera do ministério. Embora todos irmãos tenham uma função pública na assembleia na esfera do
sacerdócio (porque somos todos sacerdotes), nem todos têm um dom para o
ministério público da Palavra. Portanto, não devemos insistir em ouvir todos os
irmãos na reunião na esfera do ministério. A Escritura não sustenta a ideia de
ministério da Palavra “de todos os homens”. É um mal-entendido de muitos que
foram apresentados à verdade do sacerdócio de todos os crentes. Eles pensam
erroneamente que, já que todo irmão deve exercer seu sacerdócio na assembleia,
todo irmão deve também ministrar a Palavra publicamente na assembleia. No
entanto, isso é confundir essas duas esferas.
Nos capítulos 12-14, vemos como os dons
devem agir quando a Igreja está reunida em assembleia. O capítulo 12 fala da provisão de
dons para a assembleia. O capítulo 14 dá o exercício
de dons na assembleia. Mas entre os dois, no capítulo 13, temos um parêntese
dando o motivo no exercício dos dons
– que é o amor. O capítulo 12 nos dá o maquinário, o capítulo 13, o óleo, que
faria com que o maquinário funcionasse suavemente, e no capítulo 14 temos o
maquinário em ação produzindo edificação para todos. Isso é Cristianismo
normal. É triste dizer que a ordem das coisas apresentadas nesses capítulos foi
amplamente abandonada no Cristianismo moderna.
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