domingo, 15 de julho de 2018

3) Profetizando (Ministrando) com Inteligibilidade (Cap. 14:5-25)


3) Profetizando (Ministrando) com Inteligibilidade
(Cap. 14:5-25)

Vs. 5-25 – O apóstolo toca em outro ponto. Uma pessoa pode ter amor genuíno pelos santos, e pode sentir que o que tem a dizer é de alguma real substância espiritual, mas pode não ter a capacidade de expressar seus pensamentos claramente (de uma maneira ordenada) e, portanto, isso ainda não seria para proveito. Assim, há necessidade de se falar com amor, mas também com clareza. Também é possível que uma pessoa esteja cheia de amor, mas seja completamente ignorante da verdade ou não tenha discernimento sobre como ela deve ser apresentada. Este não falaria para proveito na assembleia.
Nesta parte do capítulo, ele mostra que, se uma pessoa não fala clara ou inteligentemente, está realmente dando “um som incerto” à assembleia. Três instrumentos musicais são usados para ilustrar a necessidade de clareza no ministério – uma “flauta”, uma “cítara” e uma “trombeta”. Seu ponto é que, se a verdade não for claramente apresentada, as pessoas não saberão como responder a ela porque não sabem o que está sendo dito. Isso mostra a necessidade do dom.
Versículos 10-11 – O ponto que está trazendo aqui é que, se não houver intérprete na assembleia quando uma pessoa usa seu dom de falar em línguas, então será como dois estrangeiros tentando falar um com o outro. Nenhum deles conhece o idioma do outro e, assim, não se entenderão. Paulo diz: “Há, por exemplo, tanta espécie de vozes [idiomas] no mundo, e nenhuma delas é sem significação [indistinguível]. Mas, se eu ignorar o sentido da voz [idioma], serei bárbaro [estrangeiro] para aquele a quem falo, e o que fala será bárbaro [estrangeiro] para mim”. Ele insiste que nenhuma língua é “sem significação [indistinguível]. Isso prova que o dom de línguas é o poder de falar em uma língua estrangeira compreensível. As línguas usadas quando se exerce o dom de línguas são linguagens inteligíveis. Atos 2:6-8 sustenta isso. Os versículos 10-11 destroem as falsas noções dos chamados Cristãos pentecostais e carismáticos que pensam que seu balbuciar ininteligível (que chamam de dom de línguas) são línguas que nenhum outro humano conhece.
Sendo Gentios convertidos, os Coríntios corriam o risco de pensar que o dom de línguas era algo com que estavam familiarizados em seus dias de não convertidos, quando cantavam e faziam suas devoções diante de seus ídolos (1 Co 12:2). No entanto, o discurso em êxtase e ininteligível usado pelos idólatras não é o dom de línguas.
Nos versículos 13-17 Paulo amplia o assunto e aplica o princípio da necessidade de clareza ao sacerdócio, mesmo não sendo este o assunto do capítulo. Ele fala de cantar e orar e mostra que clareza é necessária naquela esfera na assembleia também, e não apenas na esfera do dom. Quando alguém ora audivelmente na assembleia deve falar como porta-voz da assembleia. Mas se a assembleia não o entende, não pode dar seu “amém” ao que está sendo dito.
Nos versículos 18-22 o apóstolo mostra que o lugar apropriado para o dom de línguas está no campo missionário. Ele diz: “porque falo mais línguas do que vós todos. Todavia eu antes quero falar na igreja [assembleia] cinco palavras na minha própria inteligência”. Aqui lhes diz que usou mais línguas do que todos; no entanto, foi quando estava fora da assembleia, no campo missionário. Quando entrou na assembleia, ele preferiria falar “cinco palavras” em uma língua que todos pudessem entender do que usar “dez mil palavras” em uma língua (um idioma estrangeiro) que ninguém entendesse. Ele não estava menosprezando o dom de línguas, estava simplesmente lembrando-os de seu lugar apropriado de uso. Ele conclui dizendo que o dom de línguas deveria ser usado principalmente fora da assembleia como “um sinal” para aqueles que não creem. Eles deveriam seguir seu exemplo nisto.

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