quinta-feira, 5 de abril de 2018

1) FALHA EM MANTER A UNIDADE NA ASSEMBLEIA (Caps. 1: 10–4: 21)

1)    FALHA EM MANTER A UNIDADE NA ASSEMBLEIA
(Caps. 1: 10–4: 21)

AS CARACTERÍSTICAS DA DIVISÃO

Vs. 10-16 – Paulo tinha ouvido falar que havia partidos na assembleia local em Corinto e imediatamente se volta para resolver esse problema. Era necessário corrigir primeiro esta desordem, pois sem estar a unidade restaurada na assembleia não haveria poder para lidar com os outros males que precisavam ser julgados. Tomar decisões de assembleia seria quase impossível se a assembleia permanecesse em um estado dividido.
Os Coríntios estavam andando como homens carnais e imersos no mundo ao seu redor, que estava cheio de escolas de opinião lideradas por vários filósofos. De maneira semelhante, eles formaram diferentes partidos na assembleia sob a liderança de certos homens dotados e se organizaram em torno deles de acordo com suas preferências pessoais. No entanto, essa ideia mundana ameaçava o testemunho público da unidade da assembleia em Corinto. Este era um problema comum no mundo e o pensamento mundano estava entrando na assembleia.
V. 10 – Paulo começa rogando aos Coríntios em “nome de nosso Senhor Jesus Cristo” que esse não fosse o caso entre eles, e que procurassem corrigir o problema imediatamente. Ao trazer o nome do Senhor, como o fez, estava mostrando que não era apenas sua ideia para com eles, mas que era a vontade do Senhor (1 Co 14:37). E se continuassem como estavam, claramente não estariam vivendo sob a autoridade do Senhorio de Cristo.
Paulo lhes diz que, para que uma assembleia exista em um estado saudável, não pode haver “dissenções [cismas] (a mesma palavra no Grego) entre eles. Isso se refere a um partido interno entre irmãos, mesmo que todos pudessem estar se reunindo exteriormente como uma só companhia (grupo). Então, ele diz que uma assembleia apropriadamente ordenada, de acordo com a vontade de Deus seria “unida em um mesmo sentido [mente] e em um mesmo parecer [opinião]. Ao afirmar isso, Paulo procura alcançar a consciência deles e realmente demonstra como essas coisas se desenvolvem. As divisões entre o povo do Senhor começam com algo tão pequeno quanto as diferenças de “opinião” e de pareceres (v. 10). Essas diferenças levarão a “contendas [disputas] (v. 11). E, se as contendas e disputas não forem julgadas, elas se desenvolverão em “divisões [cismas] (vs. 12–13).
Mais adiante, na epístola, Paulo diz aos Coríntios que as “divisões [cismas], se não julgadas, levarão a “heresias [seitas] (1 Co 11:18–19). Isso é ainda mais sério. Uma seita ou heresia (a mesma palavra no Grego) é uma divisão ou separação externa entre os santos, onde um grupo se separa e começa a se reunir de forma independente. Isso significava que o problema da divisão entre os santos de Corinto era um mal sério e que precisava ser corrigido imediatamente.
V. 11 – Esse problema entre eles não era apenas boato; Paulo indica a fonte da qual ele ouvira essas coisas. Era da “casa de Cloe”. Isso enfatiza um princípio que deve sempre ser aplicado ao lidar com problemas na assembleia – tudo deve ser feito “por boca de duas ou três testemunhas” (2 Co 13:1).
Vs. 12-13 – Os grupos ou divisões que se formaram entre os Coríntios não eram, na verdade, em torno de “Paulo”, “Apolo” e “Cefas” (Pedro), embora Paulo use seu nome e de outros proeminentes trabalhadores. No capítulo 4:6 ele menciona que propositalmente “eu as apliquei figuradamente” (ATB) os nomes dos líderes no meio deles para si mesmo e para os outros servos do Senhor, a fim de mostrar seu ponto de vista aos Coríntios. Usando tato espiritual e delicadeza, ele não queria identificar por nome as pessoas em torno de quem estavam se juntando, para que não dissessem que Paulo estava com ciúmes deles. Portanto, usou a si mesmo e Apolo, etc., apenas por ilustração. Sempre que faz referência a esses grupos e seus líderes, transfere a aplicação para si mesmo e para Apolo, etc. (1 Co 1:12, 3:4, 3:22, 4:6). De todos os cismas em seu meio, “eu de Cristo” era talvez o pior de todos, pois implicava que eles eram os únicos de Cristo!
Vs. 14-17 – Tais eram as inclinações dos Coríntios que Paulo estava agradecido de que quando esteve entre eles, deixou que outros batizassem, para que não usassem de seu nome para formarem um partido em torno de si. No entanto, batizou “Crispo e Gaio” e “a casa de Estéfanas”, os primeiros crentes naquela região (1 Co 16:15). Depois disso, deixou que outros fizessem esse trabalho para que não parecesse que era o fundador de alguma nova seita. Este é um princípio sábio e deve ser aplicado hoje em dia no serviço Cristão. Aqueles que são proeminentes e dotados devem deixar certas tarefas para outros na obra do Senhor, de modo a tirar os holofotes de si mesmos. Isso ajudará a neutralizar quaisquer ideias que o povo do Senhor tenha de querer se reunir em torno de um único servo.

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